19 junho 2008

Eu sou torcedor de futebol e nem tento fazer análises isentas; sou passional e pronto.
Os nomes são esses mesmos. Duvido que qualquer outro técnico mudaria mais que, exagerando,cinco jogadores dentre este grupo atual da seleção.
Quando Dunga foi indicado, a melhor opinião que ouvi dava conta de que qualquer profissional em atividade seria mais qualificado do que um ex- atleta aposentado. E veja bem, qualquer profissional em atividade mesmo, tipo um médico, engenheiro. Interpretei que dirigir a seleça é tarefa das mais fáceis, ou, como diz outro sábio amigo meu: treinar o Brasil é fácil, quero ver escalar a Zâmbia...
Aí eu lembro do período de ressaca da Copa 2006, everbody muito bravo com o clima de ôba ôba da concentração, com jogadores baladeiros, e o já ganhou prepotente que conduziram a equipe ao fiasco na competição.
E também lembro que everbody, embora tenha discordado do nome escolhido, acabou apoiando a nova proposta de trabalho, baseado na renovação, na retomada da disciplina e da imposição da hierarquia nas relações entre jogadores e comissão técnica, afinal, como estava não podia continuar.
Num salto, volto ao presente. Reclama-se a presença óbvia de Ronaldinho e Kaká. Óbvia? Conheço alguns cidadãos, aficcionados por futebol, que afirmam que Ronaldinho é uma foquinha amestrada, um Kerlon melhorado. Eu não concordo. E também levo em consideração que ainda jogando pelo Grêmio, o Gaúcho precipitou a aposentadoria do Dunga. Kaká é outro assunto; além de estar claramente em rota de colisão com o técnico, se deu conta que a seleção olímpica é uma tremenda fria, e faz todo o esforço para não ser convocado. A história lhe dá razão.
Certamente os dois serão convocados no prosseguimento das eliminatórias.
Porém, o ponto central deste raciocínio é outro, pois everbody parece ter esquecido que após a conquista do tri, em 70, o Brasil passou 24 anos chupando, que a câna é doce. E não dá pra dizer que, nesse período em branco, tínhamos maus jogadores, pois havia Zico, Falcão, Leandro, Oscar,Carlos, Renato, Sócrates e cia ltda. Mas dá pra dizer que, nessa época, todos os fatores negativos extra-campo acabaram prevalecendo sobre as virtudes das equipes montadas, em outras palavras, muito zóio gordo mesmo.
Que o Brasil não vive o auge em seu aspecto técnico, é bem claro. Porém, a hora é muito mais para reflexão do que para malhação. O momento é claramente de transição e, por isso mesmo, sujeito a variações bruscas de desempenho. Creio que poucos se lembrem que em 1988 o técnico Carlos Alberto Silva começou a esboçar a seleção de 1994, já com Romário, Jorginho, Taffarel e Bebeto. Tratava-se de um torneio comemorativo ao Bi-Centenário da Austrália. Eu acordava cedinho para ver os jogos, melhor, para ver Romário detonar com tudo e com todos. Esse time amadureceu na Copa América de 89, quando foi formada definitivamente a dupla Bebeto e Romário, deslanchou em 94, quando ninguém botou cara com o Brasil e rendeu frutos até 2002, quando a seleção foi impecável.
Bem, no mundo "visto" por este humilde cego, a escolha de everbody pela crítica impiedosa parece apontar para mais uns 24 anos de chupa que a câna é doce.

01 junho 2008

Tinha uma música que eu gostava na trilha da novela. Pensava que era da Winehouse. Felicidade geral: era Peyroux.

o outro blog
O passado
acessos on-line